quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mário COLUNA

Médio-Centro
Nasceu a 6-8-1935 em Lourenço Marques (Moçambique)
57 Internacionalizações A / 8 Golos

Percurso:

52-53-Desp.Lourenço Marques(Moç.Res/1ªDiv.)
53-54-Desp.Lourenço Marques(Moç.1ªDiv.)
54-55-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .26j.14g.
55-56-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .26j.11g.
56-57-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .20j. 5g.
57-58-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .24j. 6g.
58-59-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .25j. 8g.
59-60-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .23j.10g.
60-61-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .24j. 4g.
61-62-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .24j. 6g.
62-63-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .26j. 2g.
63-64-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .23j. 2g.
64-65-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .23j. 8g.
65-66-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .22j. 3g.
66-67-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .19j. 2g.
67-68-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .20j. 3g.
68-69-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .24j. 3g.
69-70-Benfica(1ªDiv.) . . . . . . . . . . .15j. 1g.
70-71-Lyon(Fra.1ªDiv.). . . . . . . . . . .19j. 2g.
71-72-Est.Portalegre(3ªDiv.)*

*Como jogador-treinador

10 comentários:

  1. Amigo Gonçalo:
    Refere-se obviamente ao Mário Coluna!
    Agradeço-lhe ter-me chamado a atenção!
    Era, de facto, um dos meus ídolos.
    Ele, o Cavém e o Ângelo, julgo já ter dito isto.
    Era um mestre do meio-campo e foi, durante muitos anos, o motor da equipa.
    Recordo-me de que o Benfica tentou, sem êxito, achar alternativas ao "Monstro Sagrado".
    Quando muito, encontrou complenmentos.
    Alguns destes muito bons [como o Jaime Graça] mas substitutos... nem vê-los...
    Lembro-me de um Ferreira PInto que veio do Sporting com a missão de substitui-lo e que acabou vítima dessa "missão" verdadeiramente "impossível".
    Era um senhor dentro e fora do campo!
    Diz-se que pegou no pescoço do Morais, do Sporting, e veio pô-lo noutro extremo do campo num dia em que este terá "massacrado" o então muito jovem Simões de quem era o marcador directo...
    Se não é exactamente verdade, o facto de a "lenda" se ter propagado é bem o reflexo da enorme autoridade do "Grande Capitão" que foi o Coluna.
    É muito louvável da sua parte tê-lo recordado aqui no âmbito deste inestimável labor enciclopédico [amorosamente enciclopédico...] que são os seus "Números..."
    Um enorme e cordialíssimo abraço!

    7 de Janeiro de 2010 15:45

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  2. Amigo Carlos Acabado, transferi para aqui o seu comentáio como forma de enriquecer a minha modesta homenagem a esse grande Homem (não gosto muito de alcunhas como "Monstro sagrado ou "Pantera negra" têem qualquer coisa de bestialidade racista se jogassem noutro lado era a "Macaca",enfim são homens acima de tudo...)
    não só do Benfica mas também do futebol mundial.
    O que faço aqui tem algo de enciclopédico,embora sem grandes textos o que julgo não ser necessário nestes casos em que a imagem e os números falam por si.

    Grande abraço

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  3. Bom mas é preciso sermos tolerantes com algumas metáforas futebolísticas mais 'sugestivas', ainda que, não-raro, como diz, de conteúdo objectivamente duvidoso em matéria de gosto chamemos-lhes assim.
    É uma espécie de pulsão mitificadora [senão mesmo sacralizadora] que mantém viva uma certa memória colectiva que caminhha, sempre, de um modo ou de outro, no limite, para a 'mitificação' e ajuda a consolidar, sem ter directamente uma intenção pejorativa ou minimizadora, uma identidade de grupo que tem, como o meu Amigo com muita perspicácia notou, realmente muito de 'clâm«nico' ou mesmo abertamente 'tribal'.
    Era o "Pássaro Azul" , o "Pantera Negra" e por aí fora.
    Num certo sentido [lá está!] mitificador e tribal quem não tinha um apodo destes era porque também não tinha, no fundo, relevância.
    É uma coisa antropologicamente demonstrável, encontra-se em incontáveis tribos [de índios, etc.].
    Eu acho, sinceramente, que muitos praticantes de futebol, sobretudo, teriam dado tudo para serem, eles mesmos, "um pássaro" qualquer ou uma "pantera" que podia ir de azul a... amarelo às pintas.
    Mas percebo a sua reserva, claro---eb louvo-o pelo espírito humanista genuíno que lhe subjaz.
    Um abraço!

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  4. Caro Carlos Acabado:
    Concerteza que é como diz poderiamos falar no "Pipi",no "mãos-de ferro",nas "Torres de Belém",no CR7,9,etc.
    O que eu quis dizer e talvez não me tenha feito perceber bem,não é a questão de se arranjarem esses nicknames(para usar uma expressão mais actual...) ou nomes de guerra, foi sim o tipo de "nomes" que por detrás dessas alcunhas grandiosas (não ponho isso em causa, de maneira nenhuma!) se escolhem ou alguém escolheu e pegou...Eu falava no Portugal do anos 50,60
    e no gosto que considero duvidoso de enaltecer um jogador africano(de raça negra ou mulato no caso do Coluna). É que chamar "Monstro" ou "Pantera" a alguém a mim não me sugere nada mais do que uma força da natureza animalesca,bruta e "macaca" a mesma coisa mas num modo depreciativo.Além de que nos Estados Unidos nessa altura havia um grupo xenófobo de afirmação racial (da raça negra) chamado os "Panteras negras" que (julgo que concordará) não ficou conhecido pelas melhores razões.
    A mim chamar monstro a alguém preto ou branco
    é de um gosto duvidoso para ser simpático.Pantera vá lá que se entenda,pela conotação com o animal,a força,a viirilidade agora monstro? O que é um monstro? É um nome bonito? E sagrado?
    Por acaso não me lembro de nenhum jogador de raça branca dessa altura com uma alcunha desse género.
    Para o Coluna só me vem um nome à cabeça: O Grande Capitão.

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  5. Eu percebi, eu percebi.
    O que eu estava a tentar sublinhar é o modo como este tipo de apodo opera no imaginário colectivo, aproximando-se da sacralização.
    Mas o que diz é muito certo: há um certo risco latente de etnocentrismo e de "clichetização".
    No caso dos indivíduos ditos "de raças" branca e negra, coisas do tipo "o branco é uma «raça» eminentemente reflexiva" ["dá" pintores, escritores, filósofos], "o negro é mais físico" ["dá" atletas, futebolistas, vá lá, músicos mas só "de jazz"]...
    Pois, é como diz: os clichés "andam por aí" e "colam-se" a tudo o que é, directa ou indirectamente, cultura.
    Quanto aos "Panteras Negras" norte-americanos, a "estória" é outra, muito diferente!
    Uma coisa é certa: ficaram conhecidos [os Stokely Carmichael, os Eldridge Cleaver e por aí fora] através de umas voz---a do 'establishment' económico-político norte-americano que não lhes era exactamente favorável o que ajudará seguramente a explicar uma parte daquela má imagem......

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  6. Pois concerteza que teriam motivações,o problema é como fazer as coisas é que às vezes perde-se a razão toda! Tommie Smith e John Carlos de punho erguido com a luva preta nos J.O. de 68 foi muito bonito e tal,mas terá sido a atitude mais correcta? Ganharam muito com isso?Quem é que lhes pagou a viagem e isso tudo? Foram eles?
    Se calhar os terroristas de Munique também teriam as suas motivações ali no centro da economia europeia...Ou a Al-Qaeda...

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  7. Mas, oh, Gonçalo, há aqui várias aspectos a considerar.
    Refiro dois que me ocorrem, de imediato, ao espírito.
    Quer ver?
    Primeiro, a questão da época, do Zeitgeist.
    É a época das lutas independentistas em todo o mundo, o Vietname, etc.
    Em Angola, em Moçambique e por aí fora.
    A Action Directe, as Brigadas Vermelhas, a R.A.F. [a Rote Armee Fraktion] etc.
    É um espírito de época que o Black Panther integrou.
    Aliás, recorda-se de quando o M.P.L.A e a Frelimo, por exemplo, eram "terroristas"?...
    Depois, há toda a envolvência da questão racial, nos E.U.A. que exacerbou a tensão social e polúitica até ao [quase?] paroxismo, à época.
    E, depois, há a questão do posicionamento ideológico enquanto atitude ética, digamos assim: quando se abraça uma causa, boa ou má [e---lá está?---a "bondade" e a "maldade" neste caso, são MESMO relativas] a questão da coerência antepõe-se claramente à do "ganho" ou "ganhos"...
    Enfim... a realidasde é muito complexa e sempre muito delicado e muito ingrato julgar...

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  8. Amigo carlos Acabado: Pronto. Por mim é a última vez que vou falar neste assunto,onde não podemos estar de acordo.Eu gosto muito de falar consigo sobre os mais variados temas, é uma pessoa de quem aprendi a gostar pela sua frontalidade e inteligência e olhe que eu desde que participo em blogues (desde 2007) ainda não conheci ninguém como o senhor com uma tão vasta cultura e conhecimento das coisas.

    Eu falei dos Panteras Negras por causa da alcunha do Eusébio e comparei com um movimento xenófobo, (desculpe mas não encontro outra palavra) de raça negra ou de pretos.Eu não tenho problema nenhum em dizer que nos E.U.A. havia segregação racial,havia quase uma espécie de Apartheid encapotado, como haveria em Portugal (o senhor saberá isso melhor que eu) tambem segregação e nas colónias onde eu não estive, mas esteve o meu pai e muitos familiares e alguns amigos meus
    estiveram em Angola,Moçambique e Guiné não a viver lá mas porque foram (no caso do meu pai e de muitos outros contra a sua vontade) "empurrados" para a Guerra Colonial.
    Eu sou contra a Guerra e outras formas de violência porque uma Guerra não é nenhuma brincadeira e não é só quem lá está que sofre,o stress de guerra transmite-se mesmo a quem nunca esteve numa guerra.É também por isso que eu penso que numa Guerra não há bons nem maus são todos maus, não é uma luta do bem (ou dos pobres,desfavorecidos) contra o mal(os ricos,os capitalistas e poderosos).Há sempre interesses por detrás de ambas as partes que de uma forma ou outra ficam numa situação em que não conseguem os seus intentos e recorrem à Guerra mas a Guerra ou o terrorismo é um recurso que nunca se deve colocar porque é um crime e uma brutalidade.É a minha modesta opinião.
    Quando o meu pai foi para Angola em 61 não se falava nem em MPLA nem em UNITA, falava-se na UPA cujos membros tinham chacinado famílias de brancos indiscriminadamente (homens,mulhers e crianças).Isso para mim é terrorismo e aconteceu, é um facto.Foi a UPA e mais ninguém que despoletou a guerra em Angola.os movimentos que fala pricipalmente os de Angola e Moçambique só foram reconhecidos alguns anos depois pelos países africanos nos acordos de Lusaca e é nessa altura também que o Senegal vai começar a apoiar as forças do PAIGC nomeadamente através da aviação, isto eu sei através de quem lá esteve, não sonhou.

    Quanto às outras organizações que fala as Brigadas Vermelhas sei que assasinaram um primeiro-ministro democraticamente eleito,o Setembro Negro assassinaram 10 ou 11 israelitas e 1 polícia,a Al-Qaeda,a Fatah e outras enfim toda a gente sabe,não vale a pena podem ter toda a razão do mundo,têem o seu lugar na história manchado de sangue e dizer-se que são defensoras dos pobres e dos oprimidos ou de um suposto Bem é algo com que eu não vou concordar ou então definitivamente não entendo o que me quer dizer.
    Quanto á FRELIMO,RENAMO,MPLA,UNITA,PAIGC tiveram a sua importância como movimentos de guerilha nunca pus em causa o direito so povos à autonomia, mas deixe-me que lhe diga, os países dos quais essas organizações (depois partidos) fizeram parte mereciam muuuito mais.Nem uma amostra de Democracia (como a nossa) conseguem ser.
    O movimento dos Panteras Negras era desse género,
    aquilo não deu em nada, o Tommie Smith foi um dos maiores velocistas do seu tempo e por causa desse gesto e de meter a política no desporto, foi esquecido pelo seu Comité Olímpico hoje lembram-se do Jesse Owens,do Edwin Moses, do Carl lewis que fizeram muito mais pela raça negra do que ele podia (e devia) ter feito.

    O que é que o terrorismo tem ganho? Apenas violência e mais violência.O que teem ganho a Chechénia,a Palestina,o Líbano,o Iraque,as Honduras? Miséria,atraso,sub-desenvolvimento. como é que se podem considerar esses movimentos defensores do que quer que seja senão de interesses particulares de enriquecimento ilícito?
    Felizmente o desporto (ainda) está muito acima da política,é por isso que Portugal jogou no Mundial de 2006 com o Irão e vai jogar no Mundial de 2010 com a Coreia do Norte.

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  9. Grande jogador este Coluna. Um dos melhores jogadores da história. Grande capitão do Benfica. Bi-campeão europeu de clubes, 3º no mundial de 66 pela selecção portuguesa. Que grandes jogadores saíam de moçambique e angola naquele tempo.

    Parabéns pelo seu blog, e pelo trabalho que apresenta nos outros posts.

    Sobre o que se diz acima, não gosto da expressão terrorismo. Pelo menos na definição actual que é algo do género: "Ataque feito pelos que não estão de acordo com aquilo que nós lhes queremos impor". A história é bem mais complexa que isso. Eu também sou contra a guerra, contra o terrorismo e tudo isso, mas infelizmente há demasiadas alturas em que é a única opção. Na Palestina, os arabes viviam tranquilamente nas suas casa até serem forçados a abandonalas para estes serem ocupadas por colonos judeus com o fechar de olhos da comunidade internacional. Que haveriam os palestinos de fazer? Abandonar as casas calma e ordeiramente ficando com as suas posses reduzidas a nada? Não será justificavel que quisessem lutar? Após os atentados na estação de atocha em Madrid a 11 de Março de 2004, ouvi uma frase de um familiar duma vitima que nunca mais me esqueço:
    "Se os governantes que nós elegemos atacam e apoiam quem ataca os países deles, lançando muitas vezes bombas sobre mercados, escolas, hospitais, etc. Quem somos nós para lhes chamar terroristas a eles?". Sobre o que se passa no médio oriente, nós (e refiro-me a nós enquanto individuos) temos o dever de pressionar os nossos governantes, e de usar a arma do voto para seleccionar representantes que saibam lidar devidamente com o que se passa por lá, e temos o dever de não eleger governantes que apoiem descaradamente uma das partes do conflito, porque se assim for, é normal que a outra parte (a que vive fechada dentro dum muro) nos considera também como um inimigo.

    Sobre África, nós como europeus não nos podemos furtar às responsabilidades que os nossos antepassados tiveram na época colonial. Boa parte das guerras que existem ou existiram por lá derivam de conflitos tribais que já vinham da época pré-colonial, e que teriam sido extintos e resolvidos com o passar dos séculos se os povos europeus não os tivessem colonizado e incutido um atraso civilizacional.


    Misturar o desporto com a política, não é boa ideia, mas é uma boa forma de chamar a atenção. É óbvio que atacar desportistas não faz sentido. Mas não vejo nenhum motivo para os atletas usarem a sua visibilidade para manifestaram o seu ponto de vista através de acções como a que protagonizaram John Carlos, o Tommie Smith, manifestação essa que recolheu inclusivé o apoio do 2º classificado, o Australiano (e branco) Peter Norman que levou para o pódio um distintivo da organização fundada pelo John Carlos, como sugeriu que continuassem com a manifestação apesar de um deles se ter esquecido das luvas (daí um deles erguer o braço esquerdo e outro o direito).
    Talvez estes dois não sejam tão lembrados como Jesse Owens (outro maltratado), Lewis ou Moses. Mas ninguém poderá contar a história dos jogos sem contar o simbolismo daquela cerimónia do pódio em 1968, e afinal de contas, o que é mais relevante? Ser um atleta de topo e concentrar todos os seus esforços em melhorar os seus registos para assim enriquecer mais depressa, ignorando completamente o estado em que vivem os outros? Ou aproveitar-se da sua visibilidade para chamar a atenção para as dificuldades do seu povo? Na prática aquele manifestação não deu em nada, mas foi com todas estas chamadas de atenção que a situação de apartheid foi legalmente resolvida, continuando apenas a existir na cabeça de algumas pessoas de onde ainda vai demorar a sair.

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  10. Caro amigo Costa:
    Antes de mais quero agradecer as suas amáveis palavras e já vi pelo seu comentário que mesmo não estando de acordo não recorre ao insulto ou ao anonimato como já vi em tantos lados.
    Sobre a definição que dá de Terrorismo eu tenho a minha que é algo diferente:"Terrorismo é um ataque extremista,violento e intolerante contra alvos inocentes que sob a aparência de defesa de um qualquer interesse público é realizado por marginais que servem sim interesses particulares que passam na maior parte dos casos pela mudança
    do Poder político pelo uso da Força."
    Um ataque terrorita pela Direita ou pela Esquerda é sempre um ataque extremista porque rejeita qualquer tipo de diálogo como aconteceu em Munique em que o líder do Setembro Negro desprezou quaisquer negociações mesmo depois de já toda a comunicação social ter dado conta de quais eram as motivações desse grupo.O facto de ter feito reféns durante horas já era mais que suficiente para ter despertado a opinião pública.O caso da Brigadas Vermelhas em Itália e o rapto e posterior assasínio do primeiro-ministro Aldo Moro eleito pelo voto (não era nenhum Mussolini) foi semelhante.Houveram negociações e depois é que se deu o assassínio.
    Em Portugal no período pós-Revolução de Abril houveram vários grupos bombistas quer revolucionários como as FP-25, quer reaccionários como A FLAMA e a Brigada da Maria da Fonte: O que esses grupos pretndiam foi através do terror e do medo mudar o sentido de um regime democrático nem que seja formalmente (através do voto) e essa pretensão era contrária à da grande maioria do Povo, portanto não defendiam quaisquer interesse essecial da população.
    Sobre o racismo e as várias formas de luta pela igualdade de direitos houveram manifestações pacíficas, essas sim decisivas como as de Luther King (ou de Gandhi na India) às quais aderiram muitos brancos.a saudação do Poder negro é no entanto uma acção xenófoba de afirmação da superioridade da raça negra com origem no Sul onde predominavam os afro-americanos e está associada aos Panteras negras tal como houve o Ku Klux Klan que defendia o contrário.
    Quanto ao colonialismo, a sua opinião de que as tribos sem o colonialismo teriam chegado a uma civilização mais avançada é no mínimo discutivel.As ligações que existem nas tribos através de gerações são de grande estagnação, não digo que isso seja bom ou mau mas não creio que o Colonialismo fosse afectar isso decisivamente.O que é um facto e isso todos nós sabemos é que muitos países têem fronteiras desenhadas a régua e esquadro e isso sim poderá gerar conflitos étnicos dado que não se respeitaram essas tribos.Mas será o facto de poder ter uma bandeira e um hino e nem sequer uma Democracia apenas formal (o uso do voto) como ainda acontece suficiente para responder aos desejos das populações? Porque é que há alguns anos epidemias como a cólera ou outras doenças estavam praticamente extintas e voltaram a aparecer? Será que foi do interesse das populações ter longas guerras civis e continuar num estado de subdesenvolvimento e pobreza enorme? Ainda sobre o colonialismo quero lembrar-lhe que já há milhares de anos que há colonização dos povos:um povo que seja mais desenvolvido com melhores meios ao seu dispôr como barcos ou armas ou que domina melhor a ciência que vai subjugar outro povo menos desenvolvido.Aconteceu com o os Egípcios que dominaram e escravizaram povos da Líbia e do Sudão.Com os Romanos com as suas colónias como a Lusitânia e outras em África às quais impuseram a sua Lei e também escravizaram as suas populações.É claro que o Colonialismo a certa altura deixou de fazer sentido,mas isso foi e é consequência da evolução da humanidade e da luta pelos direitos de cada Povo.
    Espero a sua visita muitas mais vezes.

    Um abraço
    Gonçalo

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