sábado, 18 de abril de 2009

Os Números e o Futebol Português: Uma relação díficil

Vou neste texto falar de números, mas não dos números mais conhecidos (ou desconhecidos) do futebol português, embora com esses também haja uma relação díficil é certo...
Vou antes falar de um interesse que fui desenvolvendo juntamente com o gosto por futebol, por documentação ligada ao futebol (colecções, revistas,etc.) que é conhecer o historial dos clubes, os seus resultados e classificações ao longo dos anos, as carreiras os jogadores, o nº de jogos, de golos, etc. Tenho nos últimos dois, três anos dedicado algum do meu tempo a organizar alguns desses dados e já partilhei alguns com os meus amigos colaboradores, alguns também com blogs que coloquei na lista do lado. Infelizmente muitas dessas informações relativas a uma dada época são mesmo as informações possíveis, e repito "informações possíveis" porque e embora não conheça as outras realidades, em Portugal o panorama é sem rodeios, desolador. Para além do trabalho desenvolvido que exige bastante dedicação e paciência e que encontrei em blogs e alguns sites, na maior parte das vezes não por gente da estrutura dos clubes mas sim por "carolas", a restante informação publicada para além da Net (em revistas como os anuários ou livros sobre este tema) que se possa consultar é muito escassa. É verdade que já se fizeram nos últimos anos alguns trabalhos de pesquisa de indiscutível valor entre os quais destaco o recente livro sobre a Académica que já se encontra acessível em Bibliotecas, ou trabalhos do mesmo género relacionados com a história do Olhanense e do Covilhã, e que em minha opinião cumprem bem o objectivo de através das informações recolhidas organizá-las em livro de uma forma objectiva e sucinta como deve ser um trabalho de pesquisa sério, com grafismo de boa qualidade mas sem esquecer que o conteúdo é fundamental.
Mas de um modo geral ainda há muito por fazer nesse aspecto. E embora o trabalho feito por curiosos seja importante, o dever de o fazer não é nosso mas sim dos clubes, ou em última instância das Associações e Federação ou ainda da Imprensa Desportiva a meu ver cada vez mais fraca e tablóide não só no formato mas também no conteúdo. E falando de Imprensa Desportiva, o jornal "A Bola" inovou quando começou por publicar um anuário, os "Cadernos da Bola" que durante os anos 80 e 90 e apesar do seu formato ser sempre um pouco modesto, tinha algum rigor na análise que fazia do futebol português. Nos últimos anos melhorou muito o seu grafismo tornando-se num formato mais chamativo e prático e com mais páginas. Mas quanto ao resto estamos conversados: consultando o último exemplar de 2008-09 composto por 226 páginas (!) verifica-se o seguinte: a 1ª Liga ocupa as primeiras 125(!) páginas com 4 páginas por clube excepto os principais com mais duas, sendo uma de publicidade. Se já é um enorme exagero, embora a pesquisa seja de boa qualidade, não há muito a apontar, a parte da 2ª liga acaba com todas as dúvidas sobre este formato: 67(!) páginas com 4(!) para cada um dos 16 clubes. Restam 33(!) páginas na revista e o mais incrível é que se conseguiu arranjar uma forma de caber lá tudo além de todos os campeonatos da Europa! Apenas duas páginas para todos os clubes da 2ª Divisão e só o campeão (Oliveirense) é que tem os nomes dos jogadores, uma para a 3ª Divisão, os Distritais, Campeonatos Jovens, Futsal, Supertaça e Taça da Liga, três para a Taça de Portugal, dez para os jogos da UEFA, três para a selecção A e das selecções jovens reunem-se todos os escalões numa unica página.
Chego à conclusão de que esta publicação está repartida à imagem do futebol que temos: têem que haver duas Ligas profissionais, impõe-se o tal "Futebol-indústria" regionalizado e litoral tão do agrado da Liga e da Federação e despreza-se o futebol amador (e formador) e o semi-profissional.

11 comentários:

  1. Pois, tens toda a razão, e o mais engraçado disto tudo é que se questionares isso a qualquer director de qualquer jornal desportivo, tens a mesma resposta, são razões de mercado, a primeira divisão é que vende, e mesmo assim só os grandes, o resto é paisagem.
    Eu discordo em absoluto, a minha leitura é outra, há muito mercado por explorar a nível das divisões inferiores, na província as pessoas adeririam se a oferta existisse, as pessoas podem ter o seu clube de coração, mas se existissem reportagens sobre o clube da terra havia mercado, e isso era muito simples de fazer.
    Um bom exemplo disso são as muitas colecções de cromos que são feitas por clubes das divisões secundárias, que são um êxito de vendas, e uma fonte de receitas razoável.

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  2. Nem sequer falo tanto dos jornais que lá vão informando algo sobre esses clubes, critico mais as publicações anuais.Há capacidade para fazer melhor, não o fazem porque não querem.
    E há muitos adeptos de clubes locais não digo que seja como em Inglaterra ou na Alemanha,mas há, se as pessoas não ver os jogos é outro problema.

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  3. Concordo a 100% com essa análise que fazes, os comentadores da nossa praça dizem todos que são razões de mercado e não sei quê não sei que mais que fazem com que o espaço na imprensa desportiva seja ocupado apenas pelo futebol profissional (e na sua maioria por apenas 3 clubes), mas para mim o que se passa é exactamente o contrário. Quer-me parecer que aqui é a imprensa que força o mercado a só querer saber do futebol profissional, porque quem quiser saber notícias do clube da terra não tem hipóteses.

    Comprei todas as edições dos cadernos d'a bola desde 1992, e essa tendência é evidente, até 2002-03 ainda trazia os planteis completos da 2ªB e o registo das equipas até à 3ª, juntamente com as classificações da época anterior e o calendário. Agora só a época anterior e em duas páginas, mas também a culpa não me parece que seja só da imprensa (neste caso a bola), à data do fecho da edição nem se sabia sequer em que divisão iam jogar alguns clubes.

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  4. Pois mas... os próprios clubes regionais começam logo, eles próprios, por seguir muitas vezes políticas competitivas (não gosto de dizer, nestes contextos, "desportivas" por razões que, julgo, todos entendem...) estranhíssimas que estão (a meu ver, pelo menos) "a quilómetros" de beneficiá-los e de servir realmente os seus interesses.
    Aqui onde vivo, há um clube (actualmente a disputar os regionais) que ainda não há muito dispensou a maior parte dos jogadores da "cantera" (quis profissionalizá-los todos e eles ou aceitavam ou eram dispensados) e foi buscar, de uma assentada, o Fary, o Nicolov (um gurada-redes búlgaro que foi, depois, para o Aves) e o Khadim aquele guarda-redes senegalês que foi, depois, vendido ao Boavista.
    Tinha um plantel de jogadores locais (que davam razoável conta do recado) mas, de repente, "subiu-lhe o sangue todo de uma só vez à cabeça" e desatou a comprar (tentou reconverter-se "lateralmente" em agência de jogadores), arruinou-se, perdeu a sede, foi por aí abaixo de divisão em divisão e hoje está, como disse, sem honra nem glória nos regionais.
    O único forum nacional onde vai é à... Liga dos Últimos...
    Ora, não é 'estar nos regionais' que é mau: mau é o modo como o clube lá chegou: descendo sempre...
    Eu até acho que os regionais são o espaço certo e natural para o clube e que é nos regionais (sem ofensa nem demérito, bem pelo contrário: com toda a naturalidade) que ele tem de achar o seu espaço competitivo específico, natural.
    O problema é acharmos todos que temos obrigatoriamente de estar na primeira Liga senão não prestamos e desatamos ou a fazer asneiras ou (pior ainda!) a "meter cunhas" a ver se alguém "dá um jeitinho"...
    Disparate!
    Puro disparate!
    O País tem, a dimensão que tem e a estratificação ou o "desenho" social e sociológico que tem!
    Não é vergonha não ser Benfica ou Sporting: vergonha pode ser fazer um "estágio" louco num nível que não é o nosso e, depois, cair em cheio no vazio, em resultado da momentânea "fantasia".
    Como os Uniões de Tomar, os Covilhãs, os Chaves, os Tirsenses e por aí fora que resolveram um dia "dar o passo maior do que a perna".
    ...Ou o meu "vizinho e amigo" Estrela da Amadora que há um ror de tempo não paga ou o velho Setúbal que idem-idem-aspas-aspas...
    Ora, as ligas deviam ser o resultado de uma análise prévia (rigorosa e séria!) de mercado (até as seitas ditas religiosas a fazem antes de investirem!...) e não uma mera "tradução literal" dos antigos Campeonatos onde "cabia tudo" e o mercado não era suposto funcionar de facto, vivendo-se de "ajudas" do Estado ou de "boleias" de municípios e desarrincanços de "mecenas" (ou pseudo-"mecenas").
    Eu conto sempre a "estória" de uma conversa que tive, um dia, com um grupo de alunos do secundário que me diziam (aborrecidíssimos! Indignados!) que, no fim de semana competitivo, "só" havia, na televisão, um mísero Braga-Guimarães...
    Até que alguém lembrou que "na parabólica" davam um Santander-Qualquer Coisa "na espanhola" e o pessoal gritou de alegria: "Óptimo! Um Santander-Qualquer Coisa! Ah! ISSO é outra coisa!..."
    Se nós, cá em Portugal, não percebermos de uma vez por todas que o futebol ou é um negócio e uma indústria, regendo-se pelas respectivas "leis" ou não passa de um "artesanato" sem hipóteses de competir internacionalmente, condenado, portanto, à insignificância, acabaremos inevitavelmente arredados do "grande futebol" dos Manchesters e dos Barcelonas.
    Mas isso passa pela rigorosa separação da competição (numa primeiríssima fase: potencialmente, ao menos) auto-sustentável do "resto", ou seja, como diz um Amigo aqui no blog da divisão em categorias devidamente institucionalizadas.
    Queiramo-lo ou não, "derbies" como o Lusitano de Évora contra o Juventude ou o União de Montemor contra o Estrela de Vendas Novas não têm mercado nacional: não dizem nada, logo "ali ao lado" em Mora ou em Estremoz onde os interesses e as referências são outros, completamente distintos.
    Eu, quando quero saber do Moura A.C. não compro o "Record" nem "A Bola": compro o jornal de Moura.
    O "Record" e "A Bola" publicam aqulo que o público quer e, se ele até acha "uma chatice" um Braga-Guimarães, como imaginar sequer que vai gastar dinheiro para saber se o Marrazes ganhou ao Marinhense??!!
    Marr... QUÊ??!!

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  5. Para mim falar de "futebol-indústria" só mesmo pondo as aspas e atenção não me refiro só a Portugal: mas no caso português tudo bem que isso faça sentido para quem vive à custa do futebol, agora pode alguém de bom senso falar em "futebol-indústria" quando na principal liga são tratados de forma igual clubes que pagam e clubes que não? Não se quer punir esses clubes porque se isso fosse feito, as duas principais ligas teriam que ser remodeladas de alto a baixo.
    Qual é a seriedade do nosso futebol em que há árbitros de fraca qualidade que chegam à 1ª categoria com 25 anos e por lá se manteem imunes aos seus erros enquanto outros de muito mais valor não conseguem nunca lá chegar?
    Um modelo de desporto-indústria que o futebol poderá adoptar e sem o conhecer profundamente,será actualmente o das ligas norte-americanas de basket e de Hóquei: é um modelo de liga única em que mais do que clubes ou empresas funcionam as marcas: a marca resultante (gostemos ou não destas americanices...)da associação entre a localidade e o nickname para além do símbolismo da mascote e das cheerleaders,uma noção muito própria do desporto como espectáculo para massas. São verdadeiras ligas da América do Norte já que há uns anos no basket foram admitidas duas marcas do Canadá (e no caso do hóquei muito mais há como é natural),na Europa poderia criar-se uma liga semelhante para o futebol, já se falou bastante na possibilidade de o Celtic e o Rangers participarem na Liga inglesa ou da liga do Benelux ou na liga Ibérica,porque mesmo a competitividade em Inglaterra não é grande já que há uma enorme (e cada vez maior) diferença entre os "big four" os outros.Mas o facto de pelo 5º ano seguido ir pelo menos um clube inglês à final da Liga dos campeões tem que fazer com que se pense noutro modelo. Não sei qual vai ser o modelo da liga Europa que se vai estrear mas pode ser já um sinal de que vão haver grandes alterações. Talvez não fosse descabido pensar em duas ligas europeias de nível diferente com subidas e descidas ao contrário do que acontece na América, mas com um núcleo de clubes que se mostrasse capaz de nelas entrar, só que vendo o actual caso português duvido muito da capacidade competitiva e financeira de qualquer clube nacional para candidatar-se à liga principal, começando pela segunda talvez os três grandes e...mais nenhum.

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  6. Mas, oh Gonçalo, já reparou no que aconteceu em Campo Maior?
    Havia lá um clube (de que eu, filho, neto, bisnero e por aí fora, de alentejanos, gostava, alíás, até muito!...) um Sporting... "bom" que a indústria local do café (MUITO BEM PROFISSIONALIZADA, ESSA, repare!) apoiava.
    Mudaram-se as cores do clube, mudou-se o emblema, ameaçou-se com a "fuga" para Espanha, ali "a dois passos"; numa palavra: tentou-se aplicar no clube a fórmula de sucesso do café e que aconteceu?
    Pum!
    O clube "estoirou", pura e simplesmente!
    Porquê?
    Porque não se fez uma adequada prospecção prévia do 'mercado'.
    Não se pode desenhar um campeonato (que é, queiramo-lo ou não, basicamente um 'mercado') impondo-lhe tantas empresas: é ELE que tem de dizer quantas comporta!
    Eu desato à gargalhada quando oiço, por xemplo, dizer que o "Escarafuncha Futebol Clube" e a "União Desportiva das Papas de Milho" vão constituir SADs!
    Mas "isto" agora é assim??!!
    A gente chega "ali" e decreta as condições de mercado necessárias para haver SADs??!!
    Quando chegamos a um supermercado e vemos carradas de cinzeiros e canecas e "o diabo" do Sporting e do Porto porque ninguém, pura e simplesmente as quer!
    Quanto mais do "Escarafuncha" e do "Papas de Milho"!!!
    Os clubes já SÃO marcas!
    Têm é de pensar se há gente para as "adquirir"!
    Os clubes acabaram!
    Hoje não há clubes! Há marcas!
    Ou têm capacidade para se aguentar no mercado ou não têm...
    E se POrtugal só pudesse ter ao mais alto nível QUATRO, no máximo SEIS dessas marcas??
    Morria alguém?
    O País de Gales não tem nenhuma!
    É a vida!
    Há que contar com esse pormenorzinho de a realidade ter sempre, em última análise, razão...

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  7. Mas eu estou de acordo quando fala nas marcas! E mais uma razão para considerar que o modelo de duas ligas profissionais é obsoleto quando 90 a 95% da massa adepta portuguesa é de três clubes e se impõe a existencia de 32 clubes que paguem mensalmente a tempo e horas. Falemos da marca nº 1, o Benfica: é do seu interesse jogar anualmente com Leirias e Navais que só dão prejuízo? Não é mais adequado encontrar um espaço europeu bem mais exigente para competir e foi aí que eu referi o exemplo americano, as marcas jogam entre si, não vão jogar com as universidades é entre elas que geram as receitas que geram, que fazem os contratos telivisivos, etc. Mesmo as grandes marcas como o Man United ou o chelsea têem aumentado os seus passivos, os modelos das ligas nacionais estão gastos!
    Sobre o caso do sporting e da tão falada diminuição dos sócios pagantes, digo-lhe que tenho alguns amigos do Sporting que não quiseram comprar a famosa Gamebox porque era cara e não vão ver os jogos porque o bilhete é caro e acabam por nunca ir. O futebol em Portugal está um autêntico desporto para ricos ao nível do Ténis ou do Automobilismo,mas o futebol nunca foi um desporto para ricos e mesmo a maioria dos aeptos do Sporting está provado que não é da classe alta quanto mais a dos outros clubes.

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  8. É verdade tudo o que diz!
    Eu próprio venho dizendo há anos que o destino competitivo natural do Benfica é um campeonato europeu jogado entre as (lá está!) grandes marcas europeias e não uma liga nacional dominada por interesses paroquiais aos quais o futebol serve TAL E QUAL COMO ESTÁ apenas de pretexto para grandes negociatas e obscuros (ou talvez não...) jogos de poder.
    Vem também, aliás, daí, dessa percepção de que o tempo urge e o Clube tem potenciais concorrentes à espreita localmente (aquele senhor do "Apito" não se gabava ainda não há muito de que a "chafarica" dele estava a crescer todos os dias um pouco mais para sul?) pelo que não pode dar-se ao luxo de andar a "brincar aos quiques" enquanto os outros reforçam o seu poder interna e, sobretudo, externamente...
    Essa é uma questão absolutamente central--nuclear--e estratégica!
    Quanto ao que me diz sobre o Sporting: claro que o futebol é caro!
    TUDO é, no fundo, caro hoje em Portugal porque temos, como país, de concorrer com economias muito mais fortes e consolidadas pelo que, se calhar, no futebol e não só, temos de aceitar que fazemos parte de uma 2ª Divisão europeia com algumas potenciais hipóteses, no caso de um Benfica BEM (profissionalmente) dirigido, vir, um dia, a subir... à 1ª...
    A questão é: como é que se podem adquirir outros Ronaldos, Lampards e Messis para competir de igual para igual com os autênticos com... a mesada do Papá?...
    Não é o próprio FCP que acha que tem uma contabilidade exemplar porque equlibra as contas permanentemente deficitárias... vendendo a matéria-prima de que as equipas realmente grandes são feitas?...
    É como se uma grande empresa de (sei lá!) artes gráficas ou... "pentes para os carecas" apenas conseguisse subsistir vendendo duas ou três carrinhas de distribuição por ano, quatro máquinas de fazer pentes e reproduzir texto impresso e ainda tivesse de dispensar um técnico por época para equilibrar a folha de pagamentos e a contabilidade, em geral...
    ISSO são contas saudáveis??
    Ou persistência absurda num ramo e a um nível onde não deviam pura e simplesmente estar?...
    O que a necessidade de vender craques prova não é que o produto lançado no mercado (o futebol) não tem... mercado?
    Cá para mim, é!

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  9. Sim, para haver mercado rentável é preciso que as marcas estejam integradas em competições apelativas.

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  10. O pior é arranjá-las internamente...
    Não estou, francamente, a ver os grandes investidores internacionais porem capitais num clube que faz quatro ou cinco jogos/produto (produto rentável...) nacionais por época...
    Que, no modelo actual, TEM DE fazer eses e uma catrefada de outros sem valor comercial algum para poder ver abertas as portas do "real money", vulgo "Champions' League"...
    É!
    A única solução passará, penso eu, sempre, de um modo ou de outro, pelo menos numa fase intermédia, pelo "modelo-um clube/duas equipas": uma para ir jogando "cá dentro" e outra para... "the real thing".
    Isso, aliás, já aconteceu, no Benfica, na prática, no tempo do Guttmann e das duas Taças dos Campeões Europeus: as "reservas" ou pouco menos no Campeonato, a Grande Equipa na Taça dos Campeões.
    Internamente, porém, teria de ser um Campeonato sem dar acesso a coisa alguma, ou seja, sem que a participação na Liga Europeia dependesse directamente da classificação interna.
    Aquilo que determinaria a presença naquela teria de ser um "quantum" baseado na capacidade específica e autónoma de gerar capital, isto é, teria de haver um limiar orçamental base para cada equipa (audiências no estádio, vendas de publicidade, vendas à televisão, etc.) e não os resultados da competição interna.
    Mas tão-pouco seriam as sucessivas injecções extraordinárias de capital, fruto praticamente só das "vendas" de jogadores "remendando" continuamente orçamentos deficitários nem o "leilão de Alvaláxias" avulsas com o mesmo (disfuncional) propósito de "tapar o sol com a proverbial peneira"...

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  11. Esta época fiquei triste com os cadernos da bola.
    Ha 2 anos, publicaram todos os resultados de todos os campeonatos da 1ª divisao/liga.
    Este ano voltarm a repeti-lo, e o record fez a mesma coisa.
    Qual o problema de apresenteram todos os resultados das 2ª e 3ª divisões?

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