quinta-feira, 5 de março de 2009

Jogadores da Bola (16)

José Marcos

Guarda-Redes
Nasceu a 23-2-1970 em Lisboa

Percurso:*
1987-88 - Sporting (Jun.)
1988-89 - Oriental
1989-90 -
1990-91 - U. Tomar
1991-92 - U. Tomar
1992-93 - Est. Amadora
1993-94 - Est- Amadora
1994-95 -
1995-96 - Desp.Beja
1996-97 - Sintrense
1997-98 - Sintrense
1998-99 - Est. Portalegre

*Em 2008-09 fez 3 jogos como Guarda-Redes do Odivelas acumulando com a função de Treinador-Adjunto que desempenha há vários anos no clube.

11 comentários:

  1. Este é tramado de comentar, não sei muito sobre ele, a primeira vez que o vi jogar foi na Tapadinha num jogo de reservas, ainda ele era júnior do Sporting, e logo aí me pareceu muito fraco, opinião que mantive ao longo das várias vezes que o vi jogar. Mas tu deves saber isso melhor que eu.

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  2. Em relação à carreira dele, podes pô-lo em 95/96 no Desp. Beja, 2ªB, onde apenas fez um jogo, passando a época toda como suplente do José Pedro.

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  3. Já acrescentei o Desp.Beja, obrigado Sérgio. Sim deve ter sido fraquinho, no Sintrense também era suplente do Paulo,no Oriental do Carlos Pereira (embora na tua colecção "Bola de ouro" parece-me ser ele o guarda-redes),no Est.Amadora só foi 3º g.r.,enfim...O Daúto é que o levou para o Odivelas. Esta época teve que jogar porque saíu o Hugo Cardoso,havia outro g.r. mas estava lesionado e o Tecelão ainda não tinha chegado,três antigos juniores do Sporting curiosamente.

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  4. Sim, é ele mesmo na "Bola de Ouro", não há dúvidas, embora não tenha posto lá o nome, não sei porquê.

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  5. Gonçalo,lá no Blog do Esperança já está muitas fichas de jogosdos anos 90 com clubes ai da zona como Atlético,Alverca,Oriental,Odivelas etc...

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  6. Amigo Gonçalo:
    Quero manifestar-lhe a minha inteira concordância com aquilo que diz sobre o "nosso" Benfica.
    Se há coisa que me faça, aliás, uns "fernicoques" danados são uns célebres cachecois dizendo "Anti-Lagartos" e "coisas" no género...
    Pode parecer ridículo e insignificante mas, a meu ver, espelha uma certa crise de identidade que infelizmente se instalou no Clube, de há um tempo para cá.
    Ora, o Benfica não tem de (não PODE!) definir-se por aquilo contra o que (supostamente) é.
    O Benfica... «é», ponto final.
    Os "outros" é que é natural que se definam relativamente àquele que terá sempre de ser a referência e a bitola.
    É um sinal, de algum modo, inconsciente e involuntário de insegurança esse ter de procurar-se nos outros, medindo a nossa própria especificidade pela maneira como nos posicionamos em relação a eles.

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  7. Concluindo:
    Também eu gostaria que o Benfica se tivesse já definitivamente re/encontrado com a sua verdadeira identidade!
    E também eu estive loooonge de ficar satisfeito com «aquela» vitória, obtida sem brilho e com recurso objectivo a factores externos à qualidade intrínseca do futebol praticado pela Equipa...
    Já agora: também eu gostaria que o Benfica pudesse (talvez não exactamente como o Ajax ou como, por exemplo, o Anderlecht, adiante explico porquê mas como o próprio Benfica) dotar-se de uma «identidade competitiva» (e genericamente institucional) outra vez reconhecível e nunca susceptível de ser facilmente posta em questão (muitas vezes, até por ele próprio...) digamos assim.
    Mas eu não gostaria que o Benfica fosse como o Ajax ou como o Anderlecht porque eu penso que o que acontece com ambos esses "clássicos" é, no fundo, a consequência inevitável de eles existirem e competirem num quadro competitivo globalmente pobre e pouco estimulante, pouco apto, portanto, a gerar grandes equipas capazes de se imporem internacionalmente.
    No fundo, o caso português...
    Se houvesse uma Liga Benelux ligando Bélgica, Holanda e Luxemburgo talvez tudo pudesse começar a ser um pouco diferente, mais mobilizador e, por conseguinte, admissivelmente suscitador de um mercado mais estimulante.
    Dito de outro modo: aquilo de que eu gostava era de ver o Benfica (re) consolidar-se internamente numa primeira fase a fim de poder, numa segunda, "sair de Portugal", isto é, criar as estruturas para poder competir numa Liga Europeia que se adivinha e para a qual, se o Clube não estiver "competitivamente atento, "outros" 'aguçam já os dentes'...
    Porque é numa Liga Europeia (queira-o o Platini ou não...) que está o futuro dos grandes clubes e é numa Liga Europeia que vai er, a breve prazo, traçada a fronteira entre os clubes "bons rapazes" e os verdadeiros Grandes do futuro...
    Um abraço!

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  8. Obrigado amigo Carlos Acabado e bem vindo ao meu blog,fico à espera dos seus comentários sempre inteligentes aqui há lugar para todos, este blog tem estado parado porque ando a fazer um trabalho que conto ir passando para aqui aos poucos mas como não tenho muito tempo para isso tem que ir devagar.Sobre aquilo que diz da identidade (é mais correcto do que personalidade como eu pus ontem no meu comentário) é verdade que sempre me habituei a ver essas atitudes mais nos nossos rivais mas não nos podemos esquecer que nos anos 80 principalmente quando nascia a crispação Benfica-Porto,houve presidenes do Benfica nomeadamente o senhor Fernando Martins e depois no tempo de Manuel Damásio, que tiveram momentos de grande proximidade com Pinto da Costa.Quero com isto dizer que talvez tenha sido aí que se começou a perder identidade o que é certo é que se formos a ver durante a década de 80 o Benfica ainda se bateu no número de títulos conquistados e é por isso que eu não justifico os desaires dos anos 90(apenas dois campeonatos) com os "apitos". Ter cachecóis a dizer anti-lagartos ou anti-tripeiros é para mim uma atitude provinciana e mesquinha que de certeza não nasceu em Lisboa.Aliás se se fôr a ver há muitos tripeiros do Benfica,se calhar já houveram mais, mas também há cada vez mais portistas na zona de Lisboa(allfacinhas), de Setúbal e no Algarve, os portistas antes eram conhecidos como "Andrades".E há diferenças como a de nos jogos internacionais aparecer só "Benfica" enquanto os outros não se livram do "Sporting Lisbon" e que os adeptos desse clube detestam porque o Sporting ao contrário do Benfica é "clube de Portugal" como eles gostam de acentuar(esquecem-se que também há o Atlético clube de Portugal)mas chega-se aos joos europeus e lá têem que gramar o Sporting Lisbon ou o Oporto F.C. Sobre o que eu disse do Ajax é claro que após a lei Bosman o Ajax perdeu a força que tinha mas ainda foi campeão da Europa em 95 precisamente no ano da lei Bosman e se há clube com o qual os miúdos se identificavam era o Ajax,agora talvez seja o Man United, e isso vinha desde a década de 70 com a criação do futebol total do Ajax de Kovacs e Michels e dos seus grandes intérpretes:Cruyf,Neeskens,Krol,Rep,etc.O Ajax com a sua concepção de futebol em harmonia jogava um futebol que logo o distinguiu no norte da Europa,um futebol bonito de técnica de passes curtos,completo, era desse futebol que eu falava não em termos de comparar grandezas(aí o Benfica e muitíssimo maior em dimensão) e é verdade que o Ajax é do género de um Anderlecht em dimensão mas em termos de fama além-fronteiras
    tem muito mais de certeza.Será isso que o Benfica precisa que se crie um futebol à Benfica porque o há e aí deixe-me que lhe diga: porque não só com portugueses? Que estrangeiros de grande nível teve o Benfica nestes 30 anos?Poborski(às vezes, quando lhe apetecia...),Thern,Schwarz,Stromberg,Filipovic,Mozer,Ricardo,Aldair,Valdo(estes todos titulares no escrete),Van Hoojdonk e não me lembro de mais,se calhar nem faz onze.Começando com essa identidade logo nos infantis com um critério de selecção de jogadores mais exigente,sem padrinhos nem madrinhas, contratando bons profissionais,melhorando as estruturas não é melhor investir nisso do que em Suazos(é bom porque não ficou no Inter?)Aimares(mandaram-no embora do Saragoça da 2ª divisão de Espanha...), Reyes que não me convence,Cardozo a mesma coisa,Katsouranis esforçado e pouco mais,todos estrangeiros todos os anos enterram-se milhões com estas "encomendas".

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  9. Apenas portugueses?...
    Não sei se hoje seria realista.
    Com uma "escola" mesmo muuuuuito boa, talvez se pudesse considerar o conceito como base cde trabalho e fundamento muito genérico, talvez...
    Mas francamente, acho que o âmbito da prospecção, no caso português, não é hoje suficiente.
    Quando havia colónias, sim, talvez, mas hoje...
    Aliás, eu penso que o "problema dos estrangeiros" no Clube terá sido, com frequência, mais de enquadramento (a vários níveis, aliás: enquadramento numa filosofia de Clube, enquadramento especificamente técnico, isto é, aproveitamento por técnicos realmente bons e técnico-tacticamente competentes) do que propriamente em muitos casos de falta de qualidade(s).
    Além dos que citou, eu gostava muito do Amaral (que era um fulano notável de garra aliada a uma 'inteligência futebolística', a uma capacidade natural de "mexer" com aquilo tudo, muito razoáveis); do Edilson (um brasileiro habilíssimo que nunca teve equipa à altura e que o Clube pareceu sempre "mortinho" por vender e fazer dinheiro com ele); claro, o Preud'homme (que foi para mim o melhor guarda-redes que vi jogar no Benfica e foi, afinal, quem levou a Equipa "ao colo" enquanto lá esteve e, também ele, não teve quem o acompanhsse em categoria); o Kulkov era um tipo francamente interessante e o Yuran um avançado "à antiga" (sem cabeça mas, quando queria, muito útil); o Mostovoi era um fulano problemático mas acima de uma certa média muito... média, etc. etc.
    Tiveram foi todos eles (falo especificamnte dos "russos") o azar de entrar no Clube quando este já começava a "abanar por todos os lados" em termos organizativos e estruturais, sem uma liderança (ou sem lideranças, no plural) sólidas, enfim, voltando ao princípio, como dizia, hoje (em que até as selecções... nacionais fazem "batota" nessa matéria---e que batota fazem elas, às vezes!...) é muito provavelmente inviável a ideia de um clube sem estrangeiros.
    Aliás, a própria ideia de uma União Europeia (seja lá o que for que isso signifique...) tende a esvaziar por completo aquele princípio que foi uma das grandes bandeiras do nosso Clube, durante décadas a fio...
    Enfim...
    Agradeço as simpáticas palavras e o convite e voltarei, claro, com muito gosto!
    Um abraço!
    Carlos Acabado

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  10. Sim é verdade que antes da Lei Bosman ainda se contrataram jogadores de boa qualidade internacionais em seleções de topo mas a partir de 94,95 começa a ser um desastre.O clube não se preparou convenientemente na formação aí tenho que reconhecer que o Sporting foi mais hábil mesmo as suas direções começam a ter a noção que é quase impossível comprar bom e barato.O caso dos russos foi numa altura em que já haviam graves problemas de liderança quer no balneário quer na direcção,mas nessa altura ainda haviam talentos que compensavam isso como aconteceu no título de 94.Os problemas de enquadramento dos estrangeiros pode ter a ver com falta de transmissão da cultura do clube como acontece no F.C.Porto e um pouco no Sporting.Aí penso que o Benfica tem muito mais que trabalhar nesse sentido,mas há jogadores que não teem qualidade e que sentido faz contratar jogadores que já passaram o auge das suas carreiras?

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  11. Carlos Machado Acabado04 abril, 2009 19:13

    Pois...
    Só se for para introduzir alguma maturidade e, com ela, alguma mais-valia de serenidade no balneário e no próprio jogo mas, de facto, só se tratar de grandes "craques" que, mesmo em final de carreira, ainda tenham alguma coisa para transmitir e ensinar aos mais novos.
    Por tudo quanto diz é que eu acho que o Benfica precisa urgentemente de ser, mais uma vez... "refundado".
    Como tantas vezes tenho dito, o Clube foi-o por diversas vezes, desde os tempos (que eu áinda não vivi) do Lipo Hertzka, um húngaro que trouxe para Portugal e para o Benfica, o 'perfume' do grande futebol magiar de "outros tempos"; do Ted Smith (que introduziu entre nós a seriedade de método(s) do futebol inglês no tempo em que este tinha, (enquanto futebol INGLÊS...) com todas as suas virtudes e defeitos, uma enorme preponderância por todo o mundo e, em Portugal, se 'brincava', ainda, sobretudo na... "areia", o que quer dizer que havia um enorme potencial de talento "à solta" mas também por rentabilizar--nos Rogérios, nos Coronas, nos Arsénios, nos Espírito Santos e por aí fora) até aos tempos do "Tio" Otto (que profissionalizou o futebol do Clube definitivamente, introduzindo-lhe uma organização global estável que ele nunca tinha conhecido e que permaneceu longo tempo um "exclusivo" nosso) e do "velho feiticeiro" Guttmann (que tirou todo o partido que pôde de um plantel fabuloso que ele "espremeu" até ao tutano com os resltados que se conhecem).
    O Guttmann era o fulano que desprezava os suplentes (contava-se que o António Peres, o "Puskas do Candal" ou o António Mendes, o "Pé Canhão"---um deles---cuspia para o chão quando o via entrar...) e que dizia: Quero lá saber se sofro quatro golos se conseguir marcar... cinco!"
    E 'marcava': tinha o Eusébio, o Zé Águas, o Coluna, o Zé Augusto, o Santana, o Cavém...---e assim patrocinou um futebol empolgante que funcionava por vagas, com galopadas épicas dos extremos e dos laterais (o Zé Augusto e o Simões mais o Cavém e o Ângelo ou o Cruz) com um "miolo" absolutamente fabuloso onde pontificava o Coluna, um génio que aliava a classe a uma força incrível.
    Vêm daí (e terão FICADO, também, aí...) os célebres dez minutos (para outros, o "quarto de hora"...) "à Benfica": entrada de rompante, um/dois, às vezes três, golos e... jogo acabado...
    Aliás, a própria orgânica do futebol da época favorecia (de facto, IMPUNHA mas isso é outra "estória"...) a estabilidade objectiva dos plantéis, possibilitando aos clubes segregarem, por assim dizer (e irem continuamente sedimentando) identidades próprias estabilizadas nas quais cada recém-chegado tinha tempo suficiente para se integrar: começava nos juniores, depois nas reservas, às vezes ia rodar para outro clube, voltava, treinava, aguardava pacientemente a sua vez, os jornais não pressionavam nem faziam "ídolos" todos os dias, os empresários não existiam e tudo isso junto (à mistura com uma lei injustíssima dita "da opção") permitia, como disse, aos clubes portugueses manterem-se estáveis e, num certo sentido, coesos.
    Havia clubes com "futebóis" famosos: a Académica ou o Setúbal, por exemplo.
    Mas, voltando à "cultura" de Benfica e à necessidade de... re-revolucionar ou mesmo "refundar" substancialmente o Clube reintegrando-a nele, eu cheguei a acreditar que com o Rui Costa íamos finalmnte conseguir realizar esse desiderato.
    Infelizmente, a escolha do 'Quique' Flores foi um erro clamoroso de 'casting' e o Clube está a deixar-se ultrapassar numa altura em que isso lhe pode ser fatal.
    O Clube não conseguiu rentabilizar a vacilação do Porto (que chegou a acreditar que havia MESMO Justiça em Portugal e andou uns tempos com tremeliques...) nem o bloqueio financeiro do Sporting refém dos bancos e incapaz de investir numa equipa realmente competitiva (nem é precioso lembrar o "apocalipse" dos jogos com o Madrid, o Barcelona e o Bayern...)
    Infelizmente, tive de concluir que, se quisermos voltar a ter uma identidade institucional (um "à Benfica" expresso em tudo o que diga respeito ao Clube) vamos, ao que tudo indica, ter de esperar ainda sabe Deus quanto...
    E, no entanto, com um treinador jovem, talentoso, aventureiro e, ele próprio em... "refundação", como Jorge Jesus, talvez...
    Enfim...
    Vamos lá ver, como dizia o cego...

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